Francine Bezerra
Regis Rösing é conhecido como o repórter que “prevê” os gols em partidas mas, recentemente, nesta última sexta-feira, 4, esse repórter esportivo ganhou uma Medalha Missão de Paz, condecoração concedida pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Ele é a prova do que cada um pode fazer mais pelo mundo a partir de gestos simples, até mesmo com o seu próprio emprego, fazendo um trabalho decente. Regis fez uma série de reportagens sobre Ruanda e Haiti. A reportagem acima foi exibida no Esporte Espetacular dessa semana.
Essa reportagem levanta muitas questões antigas de política internacional, desigualdade e tudo mais que estamos cansados de saber. É revoltante saber que as doações foram desviadas quando tantos sofrem, gozar do sofrimento dos outros mas, algumas coisas além ainda conseguem me chamar a atenção.
A linguagem poética que Regis usa é brilhante. Quase no final do vídeo quando é dada a largada da corrida, ele lança que, ao correr, os haitinos fazem tremer o chão “tremor de muitos graus na escala da alegria”. Depois de um tempo, ele conta no trajeto da corrida que “onde a maioria das 316 mil pessoas morreram, neste quadro de horror, a moldura da tragédia traz uma nova tela: sorrisos pintados e o ser humano continua sendo a maior obra de arte”. Isso é justificado logo no começo do vídeo quando ele nos apresenta Morrisse.
Quem dera esse garotinho que, aos 6 anos, corre atrás do quer, que já quer um emprego para ajudar a família, fosse um exemplo para o mundo, também um exemplo para o mundinho de Khadafi... A vida é muito preciosa para ser tratada de qualquer maneira!
Parabéns Regis! Agora, assim como Morrisse, “eu preciso correr”, até a próxima.
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