quinta-feira, 14 de abril de 2011

Gestão de vida ou morte

Doze dos mais de 40 estudantes feridos no massacre à escola não sobreviveram


Francine Marcondes


O dia 7 de abril de 2011 poderia ter sido uma quinta-feira comum. A maioria das escolas do Brasil finalizava o 1º bimestre. Muitos estudantes do país passando pela difícil semana de provas. Tudo normal, como em todos os anos que já passaram. No início da manhã, um “bom dia” macabro transformou esta data em um infeliz e trágico dia letivo. Não para todas as escolas, mas para a “escolhida” Tasso da Silveira, no Realengo, periferia do Rio de Janeiro.
Wellington de Menezes Oliveira, 23 anos, ex-aluno do colégio, foi o responsável por um dos ataques mais violentos vistos na história do país. Com dois revolveres e muita munição, matou 12 alunos da instituição e feriu centenas. Não só fisicamente. As marcas das balas do atentado, à moda Columbine, vão se alojar na memória de todos os envolvidos. Sem chance de retirada.
O motivo? Para quem foi pego de surpresa parecia não existir. Depois de alguns dias de investigação, descobre-se que se tratava do assunto do momento: Bullyng. Entrar no mérito se a prática de provocações e agressões repetitivas desencadearia esta atrocidade não é assunto urgente. O grande pergunta a ser respondida é: Como um individuo (mesmo sendo conhecido) entra uma escola, local que, espera-se, seja seguro e impenetrável, alegando razões infundadas e armado?
A dupla segurança publica e educação devem ser quase da mesma família. Pensar em uma e não pensar na outra é impossível. Aprimorar equipamentos de monitoramento, alertar alunos e manter um patrulhamento em dia são só algumas medidas a serem tomadas. O problema no Rio de Janeiro chama-se gestão e só vai melhorar no dia que os fluminenses e cariocas aprenderem a votar.

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