sexta-feira, 15 de abril de 2011

Educação fraudulenta



Francine Marcondes 

Qual é o tipo de político que desvia verbas destinadas à educação? Que é da “raça” dos corruptos fica nítido. Mas o que dizer daqueles que superfaturam o dinheiro investido em merendas? Estes são o quê? E os que deixam crianças andarem quilômetros a pé, porque embolsaram toda grana que garantiria um transporte escolar de qualidade? A partir daí começa a ser impublicáveis os adjetivos.

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) tem um nome bonito e cheio de esperança. Se fosse uma instituição séria, com certeza faria jus a tudo que prega. A Controladoria Geral da União (CGU) descobriu que a falsa moralista Fundeb desviou mais de 13 milhões de reais dos recursos que recebeu para investir nos alunos e professores deste Brasil.

E quando não é fundação específica para a área, é prefeitura, que pelo romantismo das cartilhas políticas, deveria zelar pela qualidade da destinação do dinheiro. Outra descoberta do CGU mostrou que no município de Santana do Matos (RN), a prefeitura gastou R$ 121,7 mil de recursos do MEC (Ministério da Educação) em um ônibus. Quando a controladoria questionou onde estava o veículo, descobriu-se que ele nem havia saído da sede da empresa onde foi comprado: segundo o governo da cidade, não havia motorista capacitado para dirigir o ônibus - e um concurso público ainda seria aberto para contratar um.

Órgãos como CGU fazem sua parte em manter transparentes todas as pilantragens e falcatruas de gestoras e instituições públicas. Mesmo sendo estas escancaradas, sabe-se que os culpados sumirão do mapa e em 1% das vezes serão punidos de forma justa. No entanto, não cabe a nenhum votante democrático o conformismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário